O que é mesmo o culto aos santos?
Muitas vezes somos agredidos por termos culto aos santos. Costuma-se dizer que adoramos santos, ou ainda que precisamos de padrinhos diante de Deus. Essa acusação, no entanto, é vazia. É fruto do fanatismo e da ignorância. Na doutrina católica não há nenhum lugar para adorar santos, nem para intermediários. Isto Jesus já fez (Jo 14,6).
Santos são pessoas que viveram radicalmente os valores do Reino de Deus. Por isso mesmo a Igreja os coloca como modelos para todos nós. Em At 1,6-8 se lê que o Ressuscitado nos disse: “Recebereis o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas...”. A Igreja funciona sob a luz do Espírito Santo e sob o testemunho dos fiéis.
Assim sendo, quando uma pessoa se destaca no testemunho, a Igreja a canoniza, a coloca como modelo para nós que ainda estamos na caminhada do Reino. É como que dizer: se esta pessoa, que teve os mesmos limites que nós temos, pode testemunhar de forma tão radical, por que nós, hoje, não podemos, também? Por exemplo: num mundo em que estamos marcados pelo individualismo e pelo egoísmo, a Igreja nos apresenta Madre Teresa de Calcutá para dizer: se ela pode ser doação total, por que nós não podemos também?
Assim como podemos pedir aos nossos amigos vivos que rezem por nós, também podemos pedir para que Teresa, que já está no Céu, reze por nós. Esta, porém, não é a questão mais importante na figura do santo.