Dom Delson completa 1 anos de pastoreio na Diocese de Campina Grande
No dia 29 de setembro de 2012, Dom Manoel Delson chegava a Campina Grande para dar início ao seu episcopado na diocese. Um dia festivo, com uma multidão que veio acolher seu mais novo pastor diocesano. Autoridades, padres e bispos de toda região vieram prestigiar a chegada de Dom Delson, um franciscano capuchinho que veio se entregar em amor e doação para esta parcela do povo de Deus.
Nesta entrevista exclusiva à Pascom, o bispo fala da alegria e da emoção que sentiu na sua chegada e faz uma avaliação do que já foi feito e vivido até agora. Dom Delson aproveita para falar dos planos para os próximos anos. Confira a entrevista:
Pascom – Dom Delson, estamos completando um ano de sua chegada. Como o Sr. lembra daquele dia de acolhida?
Dom Delson - A recordação do dia 29 de setembro de 2012 me marcou muito porque a acolhida do povo campinense e de todos da diocese foi realmente uma manifestação de confiança da Providencia Divina, que me enviou para cá. O povo manifestou grande carinho com sua presença, aplausos, abraços, apertos de mão e a alegria que eu vi estampada no rosto de todos. E depois, as grandes manifestações, as falas das autoridades, dos representantes da diocese também e a presença dos irmãos bispos que vieram de outras dioceses. Creio que tudo isso fez daquele dia um momento muito marcante na minha vida no início do meu ministério episcopal em Campina Grande.
Pascom – Falando de sua atuação, já conseguiu visitar todas as paróquias?
Dom Delson - A diocese tem muitas paróquias. São 52 paróquias e 61 municípios. Algumas poucas eu ainda não consegui visitar oficialmente... já passei mas não visitei. Também alguns municípios que pertencem à paróquias que já visitei mas fui apenas à matriz. Cidades que tem capelas das paróquias, mas que ainda não consegui visitar. Mas de um modo geral, estou quase concluindo todas as visitas às paróquias da nossa diocese, com muitas viagens, muitas celebrações, sacramentos de crisma, participação em festas dos padroeiros e algumas visitas pastorais.
Reveja matéria da posse de Dom Delson
Pascom – Olhando para este primeiro ano de episcopado, pode fazer uma rápida avaliação?
Dom Delson - O primeiro ano na diocese é um tempo de descoberta, de encontros, conhecimentos. Uma diocese grande leva tempo para a gente assimilar o dinamismo de cada área, de cada paróquia, movimentos e pastorais. Isso leva tempo pra conhecer. Conhecer as pessoas, conhecer os planos pastorais das paróquias e como eles são aplicados, desenvolvidos. Então posso dizer que neste ano estou tratando de conhecer a diocese, pisando neste chão com tranquilidade, sem pressa de fazer as coisas acontecerem, respeitando o processo da diocese, do trabalho feito anteriormente pelos outros bispos. Evidentemente que algumas coisas aparecem já como alegrias. Por exemplo: o Seminário São João Maria Vianney com a sua organização, os seminaristas que estão concluindo, e algumas ordenações que já aconteceram. Tudo isto, para a diocese que ainda tem uma carência de um número maior de sacerdotes, é uma alegria grande! Então o seminário vai nos dando este instrumento humano para que, no futuro, possamos desenvolver um trabalho que venha responder melhor às urgências da nossa diocese. Também considero uma grande alegria o empenho de tantos sacerdotes que fazem o seu trabalho de entrega, de doação, de acompanhamento das pastorais e isto me alegra muito. Sei que tenho grandes colaboradores na diocese.
Pascom – Quais os planos para os próximos anos?
Dom Delson - Os meus planos são, a partir da Assembleia Pastoral deste ano, começar a pensar num projeto de diocese, traçando um perfil da Igreja Particular que queremos à luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, dos documentos da Igreja Universal, do Papa... Então é preciso elaborar este projeto de Igreja que nós queremos, que venha responder à demanda da população e da Igreja que o Papa está delineando: mais presente no meio do povo, mais atuante nas periferias, no meio das pessoas mais esquecidas, a Igreja trabalhando mais nas questões sociais, maior presença nos hospitais, nesta assistência espiritual aos doentes. Resumindo, precisamos incentivar a dimensão missionária da Igreja.
Por Márcia Marques - Pascom Diocese de Campina Grande