CNBB deve se posicionar sobre reforma política e maioridade penal até sexta-feira

22/04/2015 08:40

Bispos participam da 53ª Assembleia Geral da CNBB – Divulgação/CNBB Bispos participam da 53ª Assembleia Geral da CNBB - Divulgação/CNBB

– A Presidência eleita da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse nesta terça-feira que deve se posicionar até sexta-feira, quando termina a 53ª Assembleia Geral da instituição, sobre questões que estão em debate na sociedade brasileira como a reforma política e a maioridade penal.

Segundo Dom Leonardo Steiner, que foi reeleito secretário-geral da CNBB, “diversos elementos” deverão aparecer na declaração final da assembleia, com previsão para ser divulgada na sexta-feira.

Por isso, nem Steiner e nem os novos presidente (Dom Sérgio da Rocha) e vice (Dom Murilo Sebastião Krieger) da CNBB se pronunciaram sobre questões polêmicas durante uma pequena coletiva de imprensa que deram na cidade de Aparecida (SP) nesta terça-feira.

– Nós estamos elaborando uma declaração onde vão aparecer diversos elementos, não é só a questão da reforma politica e da maioridade penal, mas também outras questões. O texto está sendo trabalhado, já veio a plenário duas vezes (…) é um trabalho muito lento durante uma assembleia. Então vamos dar uma resposta mais concreta quando lermos a declaração e a nota – explicou Steiner, que não respondeu se o documento tratará de uma outra questão polêmica para a Igreja: os novos modelos de família.

Prometendo uma Igreja mais “dinâmica e entusiasta”, a Presidência eleita, que toma posse na sexta-feira, falou ainda sobre como a instituição pode ajudar o Brasil no atual momento de crise.

– Momentos de crise não são necessariamente momentos negativos, são momentos de decisão. As maiores e mais importantes decisões e descobertas da Humanidade foram em momentos de crise. Momentos de crise podem ser negativos e perigosos se não houver realmente a possibilidade de dar um passo certo – disse Dom Murilo Krieger, para quem a CNBB pode ajudar apontando “valores que possam iluminar a caminhada da sociedade rumo a uma maior fraternidade, à multiplicação de gestos de solidariedade e aí tendo como consequência a paz”.

Os novos dirigentes da CNBB prometeram continuar dialogando com todas as camadas sociais, todos os representantes da sociedade, “a nível de governo, Judiciário e Legislativo”, como declarou Steiner.

Fonte: o Globo