Chefe da Guarda Suíça exalta valor da dedicação e sacrifício
Chefe da Guarda Suíça diz que não é o dinheiro, o divertimento ou o consumismo que enriquecem a vida, mas a dedicação e o sacrifício
Trinta novos recrutas prestaram juramento, na manhã desta terça-feira, 6, no Pátio de São Damaso, no Vaticano, como membros da prestigiosa Guarda Suíça Pontifícia. Como reza a tradição, o evento é realizado no dia que recorda a heroica morte de 147 soldados helvécios em defesa da Igreja e do Papa no chamado “Saque de Roma”, em 1527.
Vinte são de língua alemã, seis franceses e quatro provêm de cantões de língua italiana. Todos são católicos e homens. “Nunca recebemos uma candidatura feminina”, garante o coronel Daniel Anrig, comandante deste Corpo de Guarda desde 2009.
Na cerimônia, o comandante dirigiu um discurso aos recrutas, seus pais, amigos e parentes, frisando o valor desse serviço, que requer fidelidade e obediência, além da disponibilidade a arriscar a vida se necessário. Citando a Exortação Evangelii Gaudium, Anrig disse que “não é o dinheiro, o divertimento ou o consumismo que enriquecem a vida, mas a dedicação e o sacrifício”.
“Essas duas palavras se definem principalmente com o amor pelo dever, pelo Santo Padre, pela Igreja e, antes de tudo, pelo próximo”, completou, lembrando que é “um privilégio estar aqui”, e o importante “é fazer tudo o melhor possível”.
Enfim, os recrutas declararam solene e publicamente que não são filhos “do espírito de nosso tempo, mas soldados exemplares do Santo Padre”.