“Submetei-vos uns aos outros no temor de Cristo”. Grupo de Oração reflete sobre a cooperação mútua entre os irmãos.

Pregador aborda o tema do serviço ao próximo. Fala da missão de compromisso entre marido e mulher e pede que não abandonemos o Cristo presente em nosso próximo.

  Por Arlinson Coêlho - Casa de Sião

(Roberto, da Comunidade Filhos da Misericórdia, pregou sobre a submissão mútua entre os irmãos. Foto: Arlinson Coêlho)

Sozinho eu não posso mais viver. Com este refrão, da música “Vem Espírito”, Roberto, vocacionado de vida da Comunidade Filhos da Misericórdia, iniciou sua pregação, durante o grupo de Oração Sagrada Família, da Comunidade Casa de Sião, na noite de segunda-feira, dia 25 de junho. A pregação abordou a nossa capacidade de cooperarmos com nossos irmãos, servindo-os, ao contrário do que ensina o mundo, que é sermos concorrentes uns dos outros.

Usando a leitura de Efésios 5, Roberto explicou que precisamos nos servir mutuamente, porque esta é a vontade de Deus. No entanto, é preciso realizar este serviço no temor do Senhor. Ele esclareceu que temer ao Senhor não é ter medo de Deus, mas seguir seus mandamentos expressos na bíblia, temendo não obedecê-los.

O pregador afirmou que o próprio Jesus deu o exemplo da doação ao próximo quando deu sua vida pela humanidade na cruz. Ele explicou que Cristo deu sua vida por obediência a Deus. Jesus foi crucificado e seu coração foi rasgado pela lança, que o transpassou, derramando sua misericórdia.

No entanto, Roberto ressaltou que para nos submetermos aos nossos irmãos precisamos amá-los de verdade, pois segundo ele quem ama confia e quem confia tem a esperança de que sempre será atendido em suas necessidades.

Ele exemplificou isso através da história de Paulo, ao qual foi preso e torturado e mesmo assim louvou a Deus naquela situação, fazendo com que Deus agisse em sua vida, ao ponto da prisão em que estava encarcerado estremecer para fosse libertado.

Roberto esclareceu que a mentalidade do mundo convida a humanidade a viver a ilusão de uma vida fácil, sem dificuldades, enquanto Cristo nos faz o convite de segui-lo, mas para isso é preciso que cada um pegue sua cruz e o siga.

Para ele, cada um tem sua cruz. Ou seja, cada um tem um problema específico. Por isso, que a convivência é a cooperação mútua é tão difícil. Ele explica que temos que compreender o problema de nossos irmãos e não fazer comparações com os nossos.

Roberto falou um pouco também sobre o relacionamento conjugal. Também baseado na mesma passagem ele lembrou a passagem bíblica na qual São Paulo pede que as mulheres sejam submissas a seus maridos e que os maridos amem suas mulheres, assim como Cristo amou a Igreja e deu sua vida por ela.

Ele explicou que esta passagem muitas vezes choca as mulheres e causa certa incompreensão, principalmente quando olhada pela mentalidade feminista do mundo. Segundo Roberto, na verdade, a submissão a qual se reporta a Palavra é a submissão baseada no amor no qual a mulher, por amor, se doa a seu marido, com compreensão e auxílio.

Para os maridos, Roberto explicou que o texto bíblico também implica em muito compromisso, pois os maridos devem amar suas mulheres assim como Cristo amou a Igreja. Ou seja, os maridos devem dar a vida por suas mulheres, dedicando-se completamente. Desta forma não há desequilíbrio nesta submissão mútua.

Roberto fechou sua pregação dizendo que assim como o João, o apóstolo amado, ficou de pé aos pés da Cruz, nós também não podemos deixar o Jesus sozinho, representado em nosso irmão mais necessitado, que muitas vezes está ao nosso lado.

O Grupo de Oração Sagrada Família acontece todas as segundas-feiras, a partir das 19:00, na igreja matriz da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida no 13 de Maio, em João Pessoa, na Paraíba. Venha e traga toda sua família.